A importância de uma alimentação saudável

Você já parou para pensar se a sua alimentação é saudável?

No seu dia a dia, você possui uma dieta equilibrada, consumindo alimentos de diferentes tipos nas quantidades adequadas, a fim de garantir os nutrientes que o seu organismo necessita?

Se você entende que, de fato, poderia se alimentar melhor, então, surgem as perguntas: O que é preciso fazer para que a qualidade do seu prato atenda às necessidades do seu corpo? Como fazer isso?

A correria do dia a dia, especialmente para quem mora em grandes centros, impede que façamos a nós mesmos perguntas como essas.

Infelizmente, muitas vezes confundimos o conceito de “comer bem” com o de “matar a fome” e acabamos por consumir alimentos que até podem saciar, mas de forma alguma alimentam.

Por isso, ter consciência da necessidade de mudar é o primeiro passo em direção a uma alimentação saudável. Lembre-se que o cultivo de bons hábitos alimentares reflete o quanto a pessoa valoriza a própria saúde.

Afinal, todos os alimentos consumidos trarão consequências positivas ou negativas para o organismo, seja nas próximas duas horas ou daqui a 30 anos.

O que é alimentação saudável?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define alimentação saudável como sendo aquela que “contém e fornece ao organismo os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, de maneira que a pessoa tenha uma saúde equilibrada e possa desfrutar de boa qualidade de vida”.

Então, fica a pergunta: só é possível alimentar-se de forma saudável se a comida se restringir a verduras, legumes e frutas, ficando longe de massas, gorduras e doces?

É claro que… não!

A chave para uma alimentação saudável está no equilíbrio dos nutrientes ingeridos, com a ingestão balanceada de carboidratos, proteínas, gorduras, açúcares, vitaminas, fibras, sais minerais, entre outros.

Cada uma dessas categorias de substâncias, presentes nos diferentes grupos de alimentos, possui uma função específica no organismo, visando assegurar a saúde e o bom funcionamento da máquina humana.

Quando um ou mais nutrientes estão ausentes da dieta, ou mesmo apresentando-se em pequenas quantidades, tem início uma série de desequilíbrios bioquímicos no organismo.

Com o passar do tempo, a ausência dessas substâncias vitais pode levar ao surgimento de várias doenças crônicas, como obesidade, diabetes, anemia, hipertensão arterial, osteoporose, entre outras.

Por essa razão, é importante estar atento aos efeitos e benefícios que uma alimentação equilibrada traz ao organismo:

• manter um peso saudável e adequado ao biotipo, com baixo índice de gordura corporal;
• ter controle sobre doenças crônicas como diabetes e hipertensão;
• prevenir doenças cardiovasculares agudas, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral);
• apresentar boa disposição física e mental;
• combater a condição de fadiga crônica;
• garantir o bom funcionamento do fígado, do intestino e dos rins;
• prevenir-se contra diferentes tipos de câncer;
• manter afastadas doenças mentais e psicológicas, como depressão e ansiedade;
• reduzir os níveis de estresse;
• melhorar funções cerebrais como aprendizado e memória.

Que alimentos devem constar de uma dieta equilibrada e saudável?

Uma boa maneira de visualizar graficamente o que deve ser incluído em um cardápio saudável e equilibrado é observar as diferentes partes da chamada “pirâmide alimentar”.

Por meio dessa forma geométrica, médicos e nutricionistas apresentam os conceitos da boa alimentação e incentivam a adoção de uma dieta equilibrada.

O formato de pirâmide revela-se apropriado para esta missão. Nele, os diferentes grupos alimentares são dispostos nos diferentes níveis (base, meio e topo), de acordo com sua importância e grau de necessidade.

Cada nível mostra o “tipo de trabalho” que os vários alimentos realizam no organismo. Ao mesmo tempo, sugerem a quantidade diária que cada grupo alimentar deve ser consumido para cumprir adequadamente suas funções.

Dessa forma, é fácil perceber que uma dieta saudável é o resultado de uma somatória de fatores, como variedade, equilíbrio e moderação no consumo dos diferentes tipos de alimentos.

Diversos modelos de pirâmide alimentar foram desenvolvidos em todo o mundo, cada um enfatizando os alimentos mais comuns da região a que pertence.

No Brasil, uma das pirâmides mais conhecidas foi elaborada pela nutricionista e pesquisadora alimentar Sônia Tucunduva Philippi.

Por meio dela, a especialista propõe uma dieta de 2 mil kcal (quilocalorias), que é o consumo médio diário de energia de um adulto. Assim, há um equilíbrio entre a energia que os alimentos fornecem e o que é gasto pela pessoa em suas atividades.

Na pirâmide de Philippi, os alimentos são divididos em oito categorias (dispostas em quatro níveis) e, em cada uma delas, é indicada a quantidade de porções necessárias para se ter uma alimentação equilibrada e saudável.

1) Base - Alimentos Energéticos

• Grupo dos Carboidratos - 900 kcal (6 porções diárias).

Na base da pirâmide, estão os alimentos que fornecem energia ao organismo.

É o caso do arroz, pães, massas, batata e mandioca. Para que os resultados sejam mais satisfatórios, deve-se optar por produtos na forma integral, pois possuem fibras e ajudam o intestino a funcionar melhor.

2) Meio Inferior - Alimentos Reguladores

• Grupo dos Legumes e Verduras - 45 kcal (3 porções diárias)
• Grupo das Frutas - 210 kcal (3 porções)

Os dois grupos são formados por alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e fibras, substâncias que regulam o funcionamento de diversos órgãos do organismo, especialmente o intestino.

3) Meio Superior - Alimentos Construtores

• Grupo das Carnes (vermelha, aves e peixes) e Ovos - 190 kcal (1 porção diária).
• Grupo do Leite e Produtos Lácteos (queijos e iogurtes) - 360 kcal (3 porções).
• Grupo das Leguminosas e Oleaginosas - 55 kcal (1 porção)

Os alimentos destes grupos fornecem proteína, nutriente essencial que desempenha várias funções para a saúde do corpo, como, por exemplo, a regeneração de tecidos.

Além disso, leite e derivados são fonte de cálcio, que é responsável por manter os ossos saudáveis.  

4) Topo - Alimentos Energéticos Extras

• Grupo dos Óleos e Gorduras - 73 kcal (1 porção diária).
• Grupo dos Açúcares e Doces - 110 kcal (1 porção).

Os nutrientes provenientes destes alimentos são importantes para a saúde do organismo. No entanto, eles devem ser consumidos moderadamente, pois são bastante calóricos e podem causar sobrepeso e, até mesmo, obesidade.

É o caso da manteiga, maionese, azeites, chocolate e doces em geral. Menos de 10% do que é ingerido se transforma em energia sob a forma de glicose. O restante se acumula sob a forma de gordura.

Mas apenas boa alimentação não é suficiente

A pirâmide de Philippi mostra que, para cultivar boa saúde por meio de uma alimentação equilibrada, é necessário realizar seis refeições diárias: as três principais e outras três intermediárias, feitas na forma de pequenos lanches.

Da mesma forma, o modelo ressalta a importância da atividade física, sugerindo a prática regular de exercícios de pelo menos 30 minutos ao dia.

A especialista explica que apenas manter uma dieta saudável não é suficiente para garantir boa saúde, uma vez que o organismo humano é uma máquina complexa e pede muito mais do que isso para funcionar plenamente.

Por isso, praticar atividades físicas, dormir bem, ter uma vida sexual ativa e prazerosa, cultivar relações interpessoais e ter uma postura positiva perante a vida são elementos vitais para quem deseja viver de maneira saudável.

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