Pode parecer difícil de acreditar, mas um grande número de pessoas, em algum momento da vida, se vê obrigado a encarar um inimigo poderoso, capaz de provocar grandes estragos e prejuízos: elas têm de enfrentar a si próprias!
Esse duelo interno normalmente acontece quando a pessoa tem medo de se comprometer com responsabilidades e de correr riscos, especialmente de ordem profissional, impedindo que ela consiga realizar os sonhos que tanto almeja.
A batalha que o lado racional trava contra o lado emocional é conhecida na Psicologia como autossabotagem, um ataque inconsciente dirigido à própria pessoa que tem poder de fogo suficiente para drenar energias e destruir sonhos e objetivos.
Mas por que isso acontece? Quais são as consequências da autossabotagem e como é possível dominar essa condição psicológica tão negativa? Continue a leitura deste artigo para conhecer mais a respeito deste assunto!
O que é a autossabotagem?
Emoções e pensamentos pessimistas, baixa auto-estima e dificuldade em manter o foco costumam ser o combustível que inicia e alimenta a autossabotagem mental.
Quando isso ocorre com frequência, a mente cria mecanismos que variam desde a vitimização e culpa até a agressividade, colocando a pessoa em um estado de inércia e bloqueio, que culmina com a procrastinação, prejudicando a realização de tarefas e compromissos assumidos.
Dessa forma, a autossabotagem pode ser entendida como um estado inconsciente, criado pela mente, que gera barreiras e obstáculos para que a pessoa faça o que precisa ser feito, dificultando e até mesmo impedindo que alcance seus objetivos profissionais.
Entre os principais problemas relacionados à autossabotagem, é que ela vai se enraizando na mente até o ponto em que é necessário buscar ajuda psicológica.
Nessa situação, o profissional irá auxiliar a pessoa na busca pelo aumento da sua auto-estima e, principalmente, na necessária mudança de perspectiva na qual ela enxerga a realidade e enfrenta os próprios problemas.
Por que a autossabotagem acontece?
Os bloqueios causados pela autossabotagem podem ter várias origens.
Entre os principais fatores que fazem com que a pessoa se puna constantemente e pratique a procrastinação com frequência estão experiências ruins que tenham ocorrido em momentos anteriores da vida.
Pode ser o caso de más lembranças de outros empregos ou, até mesmo, algum trauma de infância que persiste em atormentar, fazendo com que a pessoa acredite que merece estar sendo punida e que as dificuldades que está enfrentando são justas.
Todos esses sentimentos negativos atuam diretamente no subconsciente e são as causas principais da autossabotagem e da procrastinação que vem com ela.
Além disso, doenças importantes como depressão e ansiedade também estão associadas à autossabotagem, requerendo, em muitos casos, tratamento psiquiátrico, além do psicológico.
Quais são os sinais que indicam a autossabotagem?
Como se trata de algo que acontece no subconsciente, nem sempre a pessoa percebe que está em um processo de autossabotagem.
Depois de um tempo que essa mentalidade foi incorporada, fica mais difícil identificar esse tipo de comportamento, a não ser que a pessoa tenha um momento de clareza e tente entender as razões pelas quais a procrastinação tem dominado as suas ações.
Dessa forma, vale a pena ficar atento a alguns sinais que podem ser a origem da autossabotagem:
1) Medo exagerado de errar
O erro faz parte de qualquer atividade humana, inclusive em relação ao trabalho. Saber lidar com falhas é essencial para qualquer profissional, até mesmo para preservar sua saúde mental.
Numa situação de autossabotagem, a pessoa tem um medo excessivo de errar, o que faz com que deixe de cumprir tarefas por acreditar que não é capaz de realizá-las.
2) Permanente estado de procrastinação
Ao deixar de realizar tarefas importantes, o procrastinador não consegue alcançar seus objetivos profissionais e, assim, sente-se cada vez mais derrotado.
Com o tempo, este círculo vicioso torna-se cada vez mais forte e difícil de ser quebrado.
3) Sentimento de inferioridade
A autossabotagem impede a realização de objetivos profissionais e pessoais.
Diante disso, vem a comparação com outros colegas que estão sendo capazes de evoluir na carreira, fazendo com que a pessoa se compare negativamente com os demais e acumule frequentes frustrações.
4) Não reconhecer as próprias conquistas
Por outro lado, quando um determinado objetivo é alcançado - como, por exemplo, uma promoção no trabalho -, a pessoa não se julga merecedora e não consegue sentir felicidade ou realização pessoal.
Atribui o fato à sorte e considera que algum outro colega deveria ter sido o escolhido.
Como combater a autossabotagem?
O primeiro passo para a pessoa vencer a autossabotagem está no autoconhecimento.
É importante reconhecer que está com um problema sério e que é preciso buscar ajuda externa caso não encontre forças para enfrentar a situação por si mesmo.
Algumas atitudes são essenciais para combater a autossabotagem. Confira!
1) Mapear as ocasiões em que a autossabotagem ocorreu
Não tenha preguiça. Coloque no papel ou em uma planilha todas as vezes em que a autossabotagem apareceu sob sua forma mais comum, a procrastinação. Identifique as situações, as datas e, principalmente, os gatilhos mentais que o levou a se autossabotar.
2) Identificar os padrões negativos de comportamento
Uma vez que a listagem está completa, faça um exercício mental no sentido de repassar cada uma das situações mencionadas, a fim de identificar padrões de comportamento que o levaram à procrastinação.
Por exemplo: um dos gatilhos pode ser você se sentindo diminuído todas as vezes em que entra no Linkedin e percebe que pessoas conhecidas estão evoluindo na carreira. Quando isso acontece, você perde as forças para cumprir suas tarefas.
3) Estabelecer estratégias e metas realistas
Identificados os padrões e os gatilhos, é hora de pensar em estratégias capazes de impedir que eles se repitam e definir ações preventivas para evitar se sentir mal psicologicamente.
Seguindo o exemplo do item anterior, talvez seja o caso de evitar entrar na rede social profissional durante um tempo, até que o seu padrão de comportamento se altere e você volte a ter mais confiança em si mesmo.
4) Procurar ajuda na Psicologia
A autossabotagem é um processo que corrói a mente de dentro para fora e que, devido à sua gravidade e complexidade, deve ser tratada em terapia, com o acompanhamento de um profissional especializado.
Ao longo das sessões, o psicólogo terá condições de fazer o diagnóstico, identificando os gatilhos causadores do comportamento negativo em cada caso.
Tão importante quanto isso, irá desconstruir as crenças limitantes do paciente, indicando de que maneira é possível mudar os padrões emocional e de pensamento para afastar de vez o fantasma da autossabotagem.
Da mesma forma, irá auxiliar a pessoa a perseguir seus desejos e objetivos, em linha com os comportamentos que são necessários para conseguir alcançá-los.
Aprenda mais sobre Psicologia com o GINEAD!
A autossabotagem, um dos principais gatilhos da procrastinação, é um tema bastante analisado por profissionais e estudantes de Psicologia.
As pessoas que têm interesse em se aprofundar em assuntos relacionados a esta ciência, encontram no GINEAD - Instituto Nacional de Ensino à Distância diversos cursos livres online e gratuitos dedicados à Psicologia, tais como:
- Introdução à Psicologia (90 horas-aula)
- Psicologia e Saúde (80 horas-aula)
- Psicologia Escolar e Dificuldade de Aprendizado (80 horas-aula)
O GINEAD oferece mais de 400 cursos gratuitos nas diversas áreas do conhecimento. Todos eles são gratuitos para matrícula, acompanhamento das aulas e realização do teste final de avaliação.
Uma vez aprovado, o aluno pode solicitar o seu Certificado Digital de Conclusão, efetuando o pagamento de uma pequena taxa de emissão. O documento serve de comprovação do conhecimento adquirido, podendo ser anexado ao currículo do aluno.
Se interessou pelos cursos da área de Psicologia? Então, acesse os cursos do GINEAD e dê os primeiros passos para dar início a uma grande carreira no futuro!